Práticas Pedagógicas de Educação Ambiental nas Escolas da Rede Estadual de Casa Nova- Bahia

  • Ana Cláudia dos Passos Fernandes Rede Estadual do Estado da Bahia
  • Maryluce Albuquerque da Silva Campos Universidade de Pernambuco
  • Luciana Freitas de Oliveira França Universidade de Pernambuco
Palavras-chave: Educação ambiental, Prática docente, Transversalidade

Resumo

A inserção da educação ambiental crítica nos espaços escolares parte de uma prática pedagógica eficiente que tome como base a transversalidade e a criticidade que esta temática requer. Dentro desse contexto, este estudo propõe investigar as práticas pedagógicas em EA nas escolas da Rede Estadual de Casa Nova -BA visando uma reflexão sobre o tema no contexto escolar. O estudo foi realizado em três escolas.Trata-se de uma pesquisa aplicada descritiva com abordagem quanti-qualitativa envolvendo estudo de campo. Quanto aos procedimentos foram utilizados análise documental dos Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) das escolas e questionário semiestruturado. Participaram da pesquisa vinte e um professores efetivos das unidades escolares em estudo. Os resultados apontaram que o PPP das unidades escolares não contempla uma proposta transversal de EA, abordando a temática de forma pontual nos pressupostos curriculares do referido documento. Os dados revelaram também que a maioria dos professores tem a concepção de EA naturalista, voltada para a conservação de recursos naturais. As metodologias mais citadas pelos docentes para trabalhar o tema constam de aulas expositivas e atividades em grupo. Notou-se ainda que as escolas trabalham projetos nessas temáticas apenas de forma anual ou em datas comemorativas. O resultado aponta para uma necessidade de reformulação da proposta pedagógica a fim de discutir a importância da inserção da EA crítica no contexto escolar.

Biografia do Autor

Ana Cláudia dos Passos Fernandes, Rede Estadual do Estado da Bahia

Mestre em Formação de Professores e Práticas Interdisciplinares e Professora da Rede básica do Estado da Bahia.

Maryluce Albuquerque da Silva Campos, Universidade de Pernambuco

Doutora eossui graduação em Bacharelado em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Pernambuco (2002), mestrado em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco e doutorado em Biologia de Fungos pela Universidade Federal de Pernambuco. Atualmente é professora associada da Universidade de Pernambuco Campus Petrolina e membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia Ambiental (PPGCTA), nível Mestrado, da Universidade de Pernambuco Campus Petrolina. Atua principalmente nos seguintes temas: Fungos micorrízicos arbusculares, fitonematóides, nematofauna, biocontrole, caatinga e áreas agrícolas no submédio São Francisco, meio ambiente e educação ambiental em Biologia de Fungos

Luciana Freitas de Oliveira França, Universidade de Pernambuco

Possui graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco , mestrado e doutorado em Geociências pela Universidade Federal de Pernambuco. Possui Pós - doutorado pela Universidade de São Paulo e especialização em Geoprocessamento e Georeferenciamento pela Inesp. Atualmente é professora adjunto da Universidade de Pernambuco, atuando na área de ensino de Geociências e Aprendizagens ativas.Vice lider do grupo de pesquisa em Geodiversidade, Paisagem e Patrimônio e colaboradora do Grupo de Pesquisa Culturas Agrícolas e Caatinga no Submédio São Francisco

Referências

Alves-Mazzoti, A. O. (1999). Método nas Ciências Sociais. In: Alves-Mazzoti, A. J. & Gewandsznajder, F. O. (Eds.), Método nas Ciências Naturais e Sociais: Pesquisa Quantitativa e Qualitativa (pp.99-197). São Paulo: Pioneira.

Appolinário, F. (2009). Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento científico. São Paulo: Atlas.
Barcelos, V. (2012). Educação Ambiental: sobre princípios, metodologias e atitudes. Petrópolis: Vozes.
Bardin, L. (1995). Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70.

Brasil (2012). Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Resolução nº 2.

Carvalho, I. C. M. (2012). Educação Ambiental: a formação do sujeito ecológico. São Paulo: Cortez.

Fonseca, J. J. S. (2002). Metodologia da pesquisa científica. Fortaleza: UEC.

Freire, P. (1996). Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra.

Gil, A. C. (1999). Métodos e técnicas de pesquisa social. São Paulo: Atlas.

Gil, A. C. (2007). Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas.

Gomes, R. (2001). A análise de dados em pesquisa qualitativa. In: Minayo, M.C.S., Deslandes, S. F., & Cruz Neto, O. (Eds.), Pesquisa Social: Teoria, Método e Criatividade. Petrópolis: Vozes.

Lima, T. C. S., & Mioto, R. C. T. (2007). Procedimentos metodológicos na construção do conhecimento científico: a pesquisa bibliográfica. Revista Katálysis, 10, p.37-45. Doi: https://doi.org/10.1590/S1414-49802007000300004

Lima, E. M. (2015). Feminização do trabalho docente. In: Lugares dos Historiadores: Velhos e Novos Desafios, XXVIII Simpósio Nacional de História, Florianópolis, SC, Brasil.

Lisboa, C. P., & Kindel, E. A. I. (2012). Educação Ambiental: da teoria à prática. Porto Alegre: Mediação.

Martins, G.A., & Theóphilo, C. R. (2009). Metodologia da investigação científica para ciências sociais aplicadas. São Paulo: Atlas.

Projeto Político Pedagógico do Centro Educacional Antônio Honorato. 2018

Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Getúlio Vargas. 2018.

Projeto Político Pedagógico do Conselheiro Luiz Viana Filho. 2018

Reigota, M. (2009). Meio Ambiente e Representação Social. São Paulo: Cortez.

Reigota, M. (2014). O que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense.

Reigota, M. (2018). A Educação Ambiental para além dela mesma. Ambiente & Educação, 13 (1), 11- 22. https://periodicos.furg.br/ambeduc/article/view/97

Rodrigues, A. R. S. (2014). Educação Ambiental em tempos de GPtransição paradigmática: entrelaçando saberes “disciplinados”. Ciência e Educação, 20 (1), 195-206. http://dx.doi.org/10.1590/1516-731320140010012
Sauvé, L. (2005). Educação Ambiental: possibilidades e limitações. Educação e pesquisa, 31 (2), 317-322. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000200012

Silva, N. P. M. (2018). Ensinar o que? Para quem? Como usei os temas geradores de Paulo Freire para promover a educação ambiental na escola. Curitiba: Appris,

Tozoni- Reis, M. F. C. (2013). A inserção da Educação Ambiental na Educação Básica: que fontes de informação os professores utilizam para sua formação? Ciência & Educação, 19 (2), 359-377.
 https://doi.org/10.1590/S1516-73132013000200009 

Triviños, A. N. S. (1987). Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas.
Publicado
2024-07-15
Seção
ARTIGOS